Uma das marcas do governo federal nesta gestão do presidente Lula é que a sociedade civil seja ouvida no processo de construção das políticas públicas. A determinação é a mesma para a agenda internacional. Por isso, ao assumir simbolicamente o G20, na Índia, no ano passado, o presidente Lula anunciou o G20 Social, uma construção inédita na história do Fórum que, na presidência brasileira tem o lema “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”.
Toda a articulação feita ao longo do ano de 2024 entre governo, sociedade civil, movimentos sociais e populares foi para ampliar a participação de atores não-governamentais nas atividades dos grupos de engajamento e nos grupos de trabalho, coordenados pelos ministérios, além de estimular eventos independentes dos movimentos sociais. O objetivo primordial foi gerar conteúdo e propostas consistentes que pudessem chegar aos processos decisórios do G20.
Como um país plural, diverso e com autoridade para tratar de questões fundamentais, como a mudança climática e combate à fome e à pobreza, o G20 Social no Brasil garante espaço para as diferentes vozes, lutas e reivindicações das populações dos países que compõem as maiores economias do mundo.
Os 13 grupos de engajamento que fazem parte do G20 Social são: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).
Além das atividades desenvolvidas pelos grupos de engajamento, o G20 Social também proporcionou, pela primeira vez no G20, reuniões de trabalho em que lideranças sociais ficaram frente a frente com os responsáveis, de todos os países do Fórum, pelas negociações das trilhas política (Trilha de Sherpas) e financeira (Trilha de Finanças).
O ponto alto do G20 Social será a Cúpula Social, entre os dias 14 e 16 de novembro de 2024, às vésperas da Cúpula de Líderes do G20, as duas no Rio de Janeiro. A Cúpula Social será o palco que mostrará os trabalhos desenvolvidos ao longo de quase um ano pela sociedade civil e movimentos sociais, um panorama rico da troca de experiências entre agentes não–governamentais que, certamente, mostrarão novos caminhos para a construção de políticas que reflitam valores como justiça social, econômica e ambiental e a luta pela redução de todo tipo de desigualdade. Vão ser três dias de feiras, debates e conferências propostos pelas sociedades, além de plenárias que vão dar o formato final dos documentos que serão entregues aos chefes de Estado.
A Cúpula Social será a marca mais firme da participação social global no G20. O território da Cúpula do G20 Social será preparada para receber milhares de pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo, um encontro dos povos que entendem a responsabilidade de cada um na mudança de que o planeta precisa. Ninguém ficará para trás no mundo mais justo e sustentável que é necessário traçarmos juntos.